Última atualização em 19/07/2023 por Ítalo Duarte
Por SE79
O SE79 acompanhou, nesta terça-feira, 18, a coletiva de imprensa que detalhou a Operação Hedonê, que resultou na prisão de quatro investigados por extorquir gays e bissexuais e ameaçar familiares das vítimas. A entrevista foi concedida por representantes do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). Confira a reportagem completa no vídeo abaixo.
De acordo com a DAGV, até o momento, o prejuízo causado é de cerca de R$ 100 mil, e, em apenas um dos casos, uma das vítimas repassou R$ 60 mil durante as extorsões. A operação foi deflagrada pela Delegacia Especial de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância (Deachri).
Relação gravada
A delegada Meire Mansuet, durante a coletiva, explicou que a investigação foi iniciada no mês de fevereiro a partir do registro do boletim de ocorrência feito por uma vítima, que denunciava que, após ter se relacionado afetivamente e sexualmente com uma pessoa, que é um dos investigados, teria gravado o vídeo do relacionamento sexual e passado a fazer ameaças de divulgação do conteúdo em redes sociais e à família.
Os encontros eram marcados por plataformas de relacionamento e sites de prestação de serviços sexuais. “Até agora, conseguimos identificar cinco envolvidos que faziam parte desse grupo criminoso que praticava extorsão e roubo, sendo três homens e uma mulher. Um outro investigado está foragido”, acrescentou a delegada.
Sete vítimas
Mansuet revelou também que, até o momento, foram identificadas sete vítimas. Os aparelhos celulares dos investigados foram encaminhados para procedimentos periciais.
“Os presos moram em Aracaju, mas dois não são sergipanos. Um é baiano e outro é paulista. Os aparelhos telefônicos dos envolvidos foram encaminhados à perícia, no sentido de subsidiar o inquérito policial”, detalhou.
Hedonê
O nome da operação, Hedonê, que é um termo grego, faz alusão ao Hedonismo, que é a busca pelo prazer.
“Nós acreditamos que as vítimas foram em busca de um prazer e terminaram sendo vítimas de ameaças e extorsão. Os investigados também iam em busca de um prazer, que era o de auferir uma vantagem ilícita de forma fácil”, concluiu a delegada.