Alunos do Colégio Estadual Dom Mário Rino Sivieri, em Lagarto, ganham nova quadra de esportes

Com um investimento na ordem de R$ 2.271.207,25, o espaço ficou pronto, moderno e preparado para agregar valor ao cotidiano dos estudantes.


Última atualização em 15/05/2023 por Ítalo Duarte

Por ASN

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), entrega nesta segunda-feira, 15, mais uma obra que beneficiará o desporto escolar sergipano, especialmente para a juventude de Lagarto: a quadra de esportes padrão Seduc e a reforma da arquibancada do Colégio Estadual Dom Mário Rino Sivieri.

Com um investimento na ordem de R$ 2.271.207,25, o espaço ficou pronto, moderno e preparado para agregar valor ao cotidiano dos alunos desta importante instituição da rede estadual de ensino, contribuindo para a prática de diversas modalidades esportivas, garantindo a cidadania, inclusão social, saúde e esporte para crianças, jovens e toda comunidade escolar.

Dentre as principais intervenções estão a construção da quadra com estrutura pré-moldada de concreto armado. O espaço ganhou telhamento novo em galvolume; fornecimento das calhas das águas pluviais em alumínio; execução do piso de alta resistência e polido; fornecimento do alambrado com tela de aço galvanizada revestida em PVC; instalações dos condutores e drenagem das águas pluviais; instalação elétrica e colocação de refletores de LED; demarcação da quadra com tinta epóxi e pintura geral.

Já a arquibancada foi totalmente recuperada com alvenaria de pedra e estrutura em concreto armado. Ela possui piso em concreto simples desempolado; instalação elétrica e refletores em LED; guarda-corpo em tubos de aço galvanizado e ganhou uma pintura geral.

Além disso, os estudantes foram contemplados com uma nova passarela de acesso à quadra construída de concreto armado, com telhamento, madeiramento maçaranduba e telha cerâmica; instalação elétrica e luminárias de sobrepor com lâmpadas de LED 20 Watts e pintura.

Os alunos do Colégio Estadual Dom Mário Rino Sivieri também foram contemplados com equipamentos esportivos, trave, rede de vôlei e tabela de basquete.

Sobre o colégio

O Colégio Estadual Dom Mário Rino Sivieri é uma unidade da rede estadual de ensino integrante da Diretoria Regional de Educação 02. Fundado há 20 anos, a unidade oferta uma educação de qualidade nas modalidades Ensino Fundamental dos anos iniciais e finais, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio. A escola conta com 12 salas de aula e equipe composta por 72 profissionais.

Quem foi Dom Mário Rino Sivieri

Dom Mário Rino Sivieri era natural da Itália e estava em Sergipe desde os anos de 1960. Durante esse período, realizou atividades no município de Lagarto, onde fundou a Fazenda da Esperança, destinada à recuperação de dependentes químicos. E atuou por 29 anos na Diocese de Propriá.

No dia 12 dezembro de 2016, Dom Mario foi homenageado pela Assembleia Legislativa de Sergipe e recebeu a Medalha de Direitos Humanos ‘Dom José Vicente Távora’, em reconhecimento pela sua dedicação a serviço da vida dos mais pobres, principalmente da juventude.

Dom Mario faleceu no dia 3 de junho de 2020 e seu nome até hoje é lembrado com muito carinho e gratidão.

Lagarto

Lagarto é uma das maiores e mais prósperas cidades do estado de Sergipe, com uma área de 968,921 km² e uma população de 94.861 habitantes. Distante 78 quilômetros da capital Aracaju, destaca-se pela sua beleza histórica, cultural e natural que revelam a existência de sua gente desde o início do século XVII, acredita-se, atribuindo-lhe mais de 400 anos de história.

A gênese de sua formação situa-se no Povoado Santo Antônio, fundado nos idos de 1604 pelo sesmeiro Antônio Gonçalves de Santomé dentro do contexto emergente da necessidade de se conquistar Sergipe, expandir o catolicismo e a criação de gado no sentido sul-norte da capitania. Em 1658 Lagarto se tornou distrito militar, medida que efetivou a posse do território e garantiu proteção contra as ameaças externas e internas.

Em meados do século XVII uma forte epidemia teria forçado a migração da primeira povoação para a atual sede do munícipio, num lugar denominado Colina do Lagarto, onde, sob a invocação à Nossa Senhora da Piedade e auxiliados pelos carmelitas, os lagartenses teriam alcançado o livramento da moléstia que dizimou considerável parte da sua população. Assim, desta devoção nasceu, em 11 de dezembro de 1679, a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto que foi sustentada pelas atividades agropecuárias, até hoje abundantes.

Em 20 de outubro de 1697, criou-se a Vila de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto, soberana desde sua fundação, com fronteiras que ultrapassam as atuais. Neste lugar foi se aprimorando uma noção de independência, pertencimento e de lagartinidade, seguida de redefinições e afirmações territoriais, políticas, identitárias e culturais que culminaram e se aperfeiçoaram após a sua elevação à categoria de cidade, em 20 de abril de 1880.

O dia 20 de outubro, conforme atesta a historiografia local, relembra o fato histórico de criação da Vila de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto. Nesta data, uma portaria emitida por D. João de Lancastro, dirigida ao ouvidor-geral da Capitania de Sergipe d’El Rei, Diogo Pacheco de Carvalho, ordenou que se transformasse a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto em vila. A partir deste ato, Lagarto passou a adquirir feições administrativas e maior organização política e jurídica, tendo como sede um local diferente do primeiro núcleo populacional. A fundação da Vila de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto foi confirmada no ano seguinte em carta escrita pelo Conde de Cavour direcionada ao rei, em 10 de novembro de 1698. Em 2010, atentando-se para a importância da referida data, a Câmara de Vereadores de Lagarto aprovou o projeto de lei municipal que tornou o 20 de outubro Dia da Lagartinidade, inserindo-a no calendário cívico-cultural da cidade, momento para celebrar a identidade lagartense, exaltando seu protagonismo histórico e sua riqueza cultural.

Ao longo da República, Lagarto atuou firmando todo seu protagonismo, religiosidade e peculiaridade política que delineou o seu perfil histórico e produziu a matriz da sua identidade social e cultural, acompanhando os encontros e os desencontros pelos quais passaram o país.

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