Última atualização em 06/12/2024 por Aclecio Prata
Nesta sexta-feira, 6 de dezembro, encerra-se o julgamento de Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, os três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acusados de homicídio triplamente qualificado pela morte de Genivaldo de Jesus Santos.
A decisão final do júri é aguardada com expectativa por toda a sociedade. Movimentos sociais e familiares de Genivaldo acompanham de perto o julgamento, pedindo justiça para a vítima. A sentença poderá representar um marco no enfrentamento à violência policial no Brasil, com potenciais impactos sobre a atuação das forças de segurança.
A qualquer momento, a sentença será anunciada, definindo se os réus serão condenados ou absolvidos. O desfecho do caso Genivaldo promete ser um divisor de águas na luta por direitos humanos e igualdade no país.
O caso ocorreu em março de 2022, no município de Umbaúba, Sergipe, e ganhou repercussão nacional e internacional como um símbolo de violência policial no Brasil.
Genivaldo, um homem negro com histórico de transtornos mentais, morreu durante uma abordagem em que foi imobilizado e colocado no porta-malas de uma viatura da PRF, transformada em uma câmara de gás improvisada. O ato, registrado em vídeos amplamente divulgados, provocou indignação e mobilizou organizações de direitos humanos, que denunciaram o caso como resultado do racismo estrutural.
O júri ouve as alegações finais da acusação e da defesa antes de deliberar. O Ministério Público Federal (MPF) acusa os réus de agirem com extrema crueldade, caracterizando o homicídio por motivo torpe, uso de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Por outro lado, a defesa argumenta que os agentes agiram em cumprimento do dever e sem a intenção de matar.