Através de decreto, permuta do Parque de Exposição é desfeita na Câmara de Lagarto por 14 votos a 1; três vereadores tentaram suspender sessão na justiça


Última atualização em 09/01/2025 por Henrique Andrade

Nesta quinta-feira (9), a Câmara Municipal de Lagarto realizou uma sessão extraordinária que marcou a revogação da permuta do Parque de Exposições (Lei n° 47/2024), um dos maiores patrimônios históricos do município. Por 14 votos a 1, os parlamentares derrubaram o veto da ex-prefeita Hilda Ribeiro, que havia barrado a revogação da lei que autorizava a negociação do espaço.

A sessão foi iniciada com a leitura do projeto de revogação pelo vereador Carlos de Zezé de Avelino, que também foi o primeiro a votar pela derrubada do veto. O voto foi secreto, mas a expressiva maioria dos parlamentares evidenciou o consenso em proteger o patrimônio histórico e social de Lagarto.

Mães atípicas, representando a comunidade que depende dos serviços do Parque, se fizeram presentes no plenário, acompanhando de perto o que consideram uma grande vitória para as famílias atípicas do município. O Parque de Exposições abriga o serviço de equoterapia, liderado pelo vereador Josivaldo da Equoterapia, que comemorou o resultado com emoção. “Essa conquista não é só minha, mas de todas as famílias que precisam desse serviço tão importante. O Parque agora está seguro, e vamos trabalhar ainda mais para torná-lo referência em nosso estado,” declarou o vereador.

A permuta do Parque, idealizada na gestão da ex-prefeita Hilda Ribeiro e de seu esposo, o deputado federal Gustinho Ribeiro, sempre foi alvo de críticas e rejeição popular. A população manifestava preocupação com o destino do espaço, especialmente as famílias que dependem da equoterapia, um serviço essencial para pessoas com deficiência.

O prefeito Sérgio Reis também celebrou a decisão e reafirmou seu compromisso com a revitalização do Parque. Em discurso feito na frente da Prefeitura de Lagarto, Sérgio garantiu que o espaço será transformado em um Centro Municipal de Equoterapia referência no estado de Sergipe.

A sessão, no entanto, foi alvo de tentativa de judicialização. Três vereadores – Gilberto da Farinha, Gordinho de Jorge da Laranja e Eduardo de João Maratá -, contrários à realização da votação, tentaram barrar o processo na Justiça por meio de um mandado de segurança. No entanto, a ação judicial saiu após a sessão já ter sido encerrada, o que inviabilizou a suspensão do trâmite do projeto pautado na sessão de hoje.

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