Última atualização em 02/05/2024 por Ítalo Duarte
No Governo do Estado, todas as ações convergem para a geração de emprego e renda. Além de criar oportunidades, a gestão busca, em suas iniciativas, valorizar e fortalecer os profissionais sergipanos. Essa política tem se convertido em resultados efetivos na vida da população, trazendo autonomia às famílias e impactando a economia de forma positiva. Com essa premissa, Sergipe se une a toda a comunidade internacional neste 1º de maio, data que marca o Dia do Trabalhador.
“Queremos cuidar do sergipano e criar empregos, e estamos batendo recordes nesse caminho: crescemos acima da média do Brasil e do Nordeste na geração de postos de trabalho do ano passado para cá, e o estado tem se destacado como um dos que mais geraram empregos no período”, resume o titular da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), Jorge Teles.
Os indicadores relacionados à geração de emprego e renda traduzem vínculos profissionais e econômicos firmados no dia a dia da população. É com esse intuito que o Observatório de Sergipe atua, comprovando em números o que já se conhece no cotidiano. Nesse sentido, o Panorama do Mercado de Trabalho Sergipano, elaborado pelo Observatório, mostra que as políticas conduzidas pelo Governo do Estado têm dado certo.
Hoje, Sergipe possui 327.702 trabalhadores formais, 50% deles atuando no setor de Serviços. O Comércio absorve 23,1% dos empregados, enquanto a Indústria reúne 15,4%. Já na Construção e na Agropecuária, são 8,3% e 3,2%, respectivamente.
Em se tratando da geração de postos de trabalho formais, Sergipe vem seguindo em uma crescente. Segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quase 12 mil empregos foram gerados entre janeiro de 2023 a março de 2024. Com exceção da Agropecuária, todos os setores registraram saldo positivo. Serviços foi o que gerou mais empregos, com 9.741 postos. Em seguida, vieram Construção (3.199 postos), Comércio (2.795 postos) e Indústria (491 postos).
Na Agropecuária, a entressafra da cana-de-açúcar levou a uma perda de 2.380 postos de trabalho no acumulado do período. Esta flutuação sazonal ocorre todos os anos no mês de março, tendo sido registrada tanto em 2024 quanto em 2023. Para reduzir o desemprego temporário na região canavieira do estado, o Governo de Sergipe desenvolve o programa Mão Amiga Cana, que oferece quatro parcelas de R$ 250 aos trabalhadores impactados durante os meses de declínio da colheita. Até o momento, 2.478 pessoas foram registradas como beneficiárias do programa para este ano. O quantitativo de contemplados de apenas uma edição do Mão Amiga ultrapassa, assim, o decréscimo no número de empregos do setor em todo o período.
Em 2023, Sergipe registrou uma taxa de desemprego de 11,4%, destacando-se com o melhor indicador desde 2015, quando atingiu 9,2%. Em relação ao ano anterior, que registrou 13,1%, houve uma queda de 1,7 ponto percentual. Os dados consideram o número de empregos formais e informais, e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada em Sergipe ficou em aproximadamente 125 mil em 2023, correspondendo a uma redução de 15% frente ao ano passado, quando registrou 147 mil.
O contingente de ocupados no setor privado em 2023 totalizou 461 mil pessoas. Dentro desse grupo, 55,7% (257 mil) estavam devidamente registradas com carteira assinada. Em relação ao ano anterior, quando pontuou 54,5%, a parcela de trabalhadores formais subiu 1,2 ponto percentual. Quanto à taxa de informalidade, o número caiu de 52,3% em 2022 para 51,9% em 2023, correspondendo a um decréscimo de 0,4 ponto percentual.
Os números da Junta Comercial do Estado de Sergipe (Jucese) também demonstram bom desempenho. O primeiro trimestre de 2024 se encerrou com 1.496 novas empresas registradas em Sergipe, representando um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em janeiro foram registradas 453 empresas, em fevereiro 482 e em março, 561 novos negócios. Foram 1.155 microempresas, 227 empresas de pequeno porte e 114 de demais portes.
“Houve uma melhora nos dados por conta da injeção de ações do governo na economia. É o caso dos festejos juninos, por exemplo. Diversas cadeias produtivas foram alcançadas, como a de Serviços e a do Comércio. E a tendência é que, neste ano, tenhamos resultados ainda mais positivos do que no ano passado”, sintetiza a gerente de estudos e pesquisa do Observatório de Sergipe, Michele Doria.
Histórias
Para além dos números, as políticas públicas do Governo de Sergipe em prol da geração de emprego e renda se expressam em histórias e vidas transformadas. É o caso de Miguel Santos, 19 anos, que está se preparando para atuar como atendente de farmácia. Essa promete ser sua estreia no mercado de trabalho, por intermédio do programa Primeiro Emprego. “No começo, a gente tem um pouco de dificuldade para aprender, mas vai pegando o ritmo aos poucos. E, na prática, a gente aplica o que aprendeu em sala de aula, passo a passo. É algo muito gratificante, porque a gente sai da nossa zona de conforto pra ver o que é a vida lá fora”, define.
Nascido da ambição de solucionar o gargalo da experiência para os jovens que nunca tiveram contato com o mercado, o programa Primeiro Emprego permite a qualificação técnica e prática junto a empresas parceiras. O programa é destinado a jovens dos 18 aos 29 anos, e oferece bolsa de até R$ 750 durante os seis meses de formação. Ao fim da jornada profissional, ao menos 30% dos participantes serão contratados.
O programa foi criado em agosto de 2023, e, até o momento, são 1.065 vagas de qualificação já pactuadas com empresas parceiras e 492 jovens em sala de aula, nas turmas em andamento. Até 2025, a meta é qualificar cinco mil jovens nos setores de tecnologia da informação, supermercados, postos de combustíveis, marcenaria, vigilância e petróleo e gás. “O Primeiro Emprego vem de um clamor dos jovens. No programa, é desenvolvida uma trilha de conhecimento específica com dois meses de aulas teóricas e quatro meses de treinamento prático”, detalha Jorge Teles.
David Alves, de 24 anos, trabalha há dez no ramo de jardinagem. Ele também conseguiu uma oportunidade profissional por meio do Governo do Estado, por encaminhamento do Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT). “Minha esposa viu pelo Instagram que havia uma vaga disponível. Cheguei ao NAT e não demorou praticamente nada. Fui bem-atendido e já saí de lá com uma carta de recomendação e horário marcado. Fiz o treinamento, conheci o pessoal e o local, e há um mês estou trabalhando como jardineiro em uma grande loja de Aracaju. Minha expectativa é de progredir e criar todos os dias. Espero que mais pessoas tenham essa chance, porque o trabalho do NAT é sério e de confiança. A prova sou eu, que estou passando o 1º de maio empregado”, conta.
O NAT promove a conexão entre mão de obra e empregadores, auxiliando no processo de seleção e recrutamento de talentos. “Temos o maior cadastro de trabalhadores e currículos de Sergipe e atuamos em parceria com empresas na seleção. Tudo isso tem trazido bons resultados: temos o maior estoque de empregos da nossa história, e o número de pessoas com carteira assinada é maior hoje do que tivemos no auge da nossa economia”, resume Jorge.
Mais ações
O Qualifica Sergipe é mais um dos programas do Governo do Estado que visam gerar empregabilidade, onde os potenciais regionais são levados em conta na hora de definir as capacitações. Por meio de parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), as carretas sala de aula chegam até os municípios levando cursos profissionalizantes com carga horária de até 160h.
Até o momento, 20 municípios já receberam as capacitações, com 1.063 pessoas beneficiadas – entre turmas em andamento e concluídas. Só para 2024, seis mil vagas de qualificação foram contratadas pelo governo. “São treinamentos em manutenção de motocicletas, eletricidade industrial, solda industrial, mecânica de motores a diesel, marcenaria, e alguns voltados para a área de alimentos, como confeitaria e padaria”, lista o secretário da Seteem, sublinhando que o programa também oferece contato com empresas do setor.
O empreendedorismo e a economia solidária também norteiam a política de geração de emprego e renda no estado. Nesse sentido, a gestão vem inserindo espaços de comercialização de artesanato e outros produtos em todos os eventos realizados e apoiados pelo Governo de Sergipe. Para maio, está prevista a entrega de 600 carteiras do artesão. A participação em feiras nacionais e internacionais, o custeio de parte das despesas de viagem e a disponibilização do Caminhão do Artesanato também faz parte do conjunto de medidas de apoio ao artesão sergipano. Além disso, o governo também realiza capacitações específicas voltadas à periodicidade, à precificação e a noções de moda e design.
Outras ações do Governo de Sergipe voltadas à geração de emprego e renda estão por vir. Está em fase final de contratação o Portal do Emprego, que pretende informatizar as ações do NAT e estabelecer a comunicação entre o trabalhador e o empregador. “O objetivo é chegar a todos os municípios, promovendo formações profissionais adicionais e dando visibilidade às pessoas qualificadas em cada território. Queremos mostrar o que Sergipe tem de melhor”, finaliza Jorge Teles.