Grupo de Valmir de Francisquinho ensaia indicação de Adailton ao Senado


Última atualização em 30/11/2024 por Aclecio Prata

Grupo de Valmir de Francisquinho ensaia indicação de Adailton ao Senado

O prefeito de Itabaiana, Adailton Sousa (PL), confirmou, durante entrevista à FM Itabaiana na última quinta-feira (28), que considera disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2026. A possibilidade ganhou força após especulações locais e foi respaldada pelo apoio de Valmir de Francisquinho, liderança política e prefeito eleito de Itabaiana.

Essa movimentação, no entanto, escancara uma disputa interna no PL de Sergipe. Valmir e seu grupo político parecem determinados a centralizar as principais indicações da chapa majoritária, excluindo figuras tradicionais do partido, como Eduardo Amorim. A estratégia aponta para uma composição onde aliados diretos de Valmir ocupem os espaços de maior relevância: Marcos Oliveira como deputado estadual, seu filho Ícaro para deputado federal e Adailton para o Senado.

Tensões dentro do PL: divergências à vista

Com Valmir buscando protagonismo absoluto no partido, surge a pergunta: e os demais correligionários? A atual configuração sugerida pelo grupo de Valmir não contempla nomes e nem consulta os apoios, como Emília Corrêa, Ricardo Marques, Eduardo Amorim e Rodrigo Valadares, figuras que também possuem peso político e ambições legítimas dentro do PL de Sergipe.

O cenário levanta dúvidas sobre o futuro do partido no estado. Caso o monopólio das decisões permaneça com Valmir, as opções parecem limitadas: ou o ex-prefeito de Itabaiana migra para outro partido, ou o comando estadual do PL, liderado pelos Amorins, aceita ceder completamente a Valmir. Essa última alternativa, no entanto, sinalizaria que os Amorins estariam dispostos a sacrificar suas próprias aspirações, como a candidatura de Eduardo Amorim ao Senado ou mesmo a uma cadeira na câmara federal, para manter o apoio ao grupo de Valmir.

Impactos no cenário político estadual

A articulação em torno de Adailton para o Senado é vista como mais uma tentativa de consolidar o domínio político de Valmir de Francisquinho em Sergipe. Contudo, as tensões internas no PL e a exclusão de importantes lideranças do partido podem gerar divisões irreparáveis, abrindo espaço para que outras legendas captem os descontentes.

O monopólio das decisões por uma única liderança pode ser um fator de enfraquecimento para o partido nas urnas, especialmente em um cenário onde adversários políticos podem explorar essas divisões. Com 2026 se aproximando, a questão permanece: o PL será capaz de acomodar todas as suas lideranças, ou o domínio de Valmir deixará um rastro de insatisfação e desfiliações?

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