Última atualização em 03/05/2024 por Ítalo Duarte
No dia 1º de Maio, tradicional data de celebração dos trabalhadores, um evento organizado pelas centrais sindicais em São Paulo tornou-se palco para uma ação política que gerou controvérsias.
Durante o encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento que vem sendo questionado quanto à sua legalidade. Ele declarou abertamente seu apoio ao pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo, apesar de estarmos no período de pré-campanha, cuja legislação eleitoral proíbe expressamente pedidos explícitos de voto.
O apelo de Lula por votos em favor de Boulos baseou-se em sua trajetória política, enfatizando que aqueles que o apoiaram em eleições presidenciais anteriores deveriam agora apoiar o candidato do PSOL para prefeito.“Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o presidente.
O apoio explícito a Boulos não foi o único momento político do evento, já que também foram distribuídos panfletos que criticavam Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito de São Paulo e provável adversário de Boulos nas eleições municipais de 2024. Os panfletos favoráveis ao favorito de Lula intensificaram as discussões sobre a neutralidade esperada em eventos desse tipo.
Diante da situação, a Presidência da República foi procurada para comentar as ações de Lula no evento, contudo, até o momento, não houve manifestação oficial. Igualmente, a campanha de Boulos foi acionada para esclarecimentos, mas também não se posicionou sobre o ocorrido.
Com informações do Estadão
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil