Manifestantes franceses incendiaram a Câmara de Bordeaux contra a reforma da previdência

As chamas de alastraram pela porta do edifício e foram debeladas pelos bombeiros.


Última atualização em 28/04/2023 por Ítalo Duarte

Manifestantes franceses atearam fogo ao edifício da Câmara Municipal de Bordeaux, na noite desta quinta-feira, 23, por volta das 20h15, horário francês. As chamas de alastraram pela porta do edifício e foram debeladas pelos bombeiros. Uma pessoa relacionada ao ato acabou sendo detida.

Segundo o Le Parisien, o incêndio ocorreu numa “manifestação selvagem” após a mobilização sindical original. Já de acordo com a France Bleu, os danos parecem estar limitados à entrada do edifício.

O fato aconteceu durante os protestos nacionais que ocorrem pelas ruas de diversas localidades da França, contra a reforma previdenciária e os planos do governo de aumentar a idade da aposentadoria dos 62 para os 64 anos, o que tem pautado os atos de vandalismo e violência em várias cidades francesas.

Escalada de protestos violentos vem aumentando por toda a França. (Foto: Getty Images)

O presidente da Câmara de Bordeaux se manifestou e declarou que está “extremamente chocado”, dizendo que o direito de manifestação é constitucional, mas saquear não é.

A tensão e as mobilizações contra a revisão da lei das pensões continuam a aumentar por toda a França e têm provocado uma escalada de protestos violentos, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, defende a medida, dizendo que a reforma é uma necessidade para o país.

Este foi o nono dia de protestos a nível nacional, que desde o dia 19 de janeiro têm levado milhões de franceses às ruas, mas a data ficou marcada como o dia do primeiro ato realizado pelos manifestantes desde que o Governo recorreu a uma disposição constitucional, para aprovar o texto sem a prévia votação no parlamento.

Paris registou um número recorde de manifestantes. A mobilização mais do que duplicou em todo o país, desde o dia 15 deste mês, quando aconteceu a oitava jornada de contestação, quando 480.000 parisienses foram às ruas, segundo o Ministério do Interior.

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