Última atualização em 09/10/2024 por Diego Mota
Com o término da ocorrência no bairro Parque dos Farois já na madrugada desta quarta-feira (9), Ronald da Silva Santos, 34, foi detido e encaminhado ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), onde foi autuado em flagrante por sequestro e cárcere privado. Os crimes foram registrados em contextos específicos em conformidade com as vítimas que ficaram mantidas na condição de refém durante mais de nove horas, em ocorrência que teve início na tarde dessa terça-feira, 8, em Nossa Senhora do Socorro.
Conforme o Cope, unidade responsável pelo registro do flagrante, de forma detalhada, Ronald da Silva Santos foi autuado por sequestro e cárcere privado em contexto de violência doméstica, no que concerne a prática dos crimes contra a ex-companheira.
Já pelo fato de ter mantido os filhos reféns, o flagrante foi registrado como sequestro e cárcere privado de pessoas aparentadas e contra menores de 18 anos. Ronald da Silva Santos também foi autuado pelo fato de o sequestro e o cárcere privado terem resultado em grave sofrimento físico ou moral.
Além das autuações em torno do sequestro e do cárcere privado, Ronald da Silva Santos foi autuado ainda por posse irregular de arma de fogo.
Conforme acordado entre as equipes policiais e o investigado durante a negociação, Ronald da Silva Santos foi encaminhado para hospital de urgência psiquiátrica.
O caso
A situação, que teve início na tarde da terça-feira (08), envolveu um homem que mantinha sua ex-companheira e os filhos reféns sob ameaça de morte em uma residência no bairro Parque São José, em Nossa Senhora do Socorro. O autor do sequestro e cárcere privado, que havia se separado da vítima há cerca de quatro meses, ameaçava tirar a própria vida e a dos reféns.
A ocorrência foi conduzida pelo Grupo de Gestão de Crises e Conflitos (GGCC) da Polícia Militar, com apoio de unidades especializadas, como a Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e o Corpo de Bombeiros.
O protocolo de gerenciamento de crises foi aplicado de forma técnica e estratégica, resultando na liberação dos reféns após intensa negociação.
Durante quase nove horas de verbalização, a equipe de negociação trabalhou para construir um vínculo de confiança com o autor, em meio a dificuldades técnicas como as constantes ligações que ele recebia de terceiros. O uso de intermediários foi crucial para atrair e manter a atenção do criminoso, o que contribuiu para a resolução pacífica da situação.