Polícia Civil de Sergipe prende, em Fortaleza, suspeitos de integrar falso escritório de advocacia

Vítimas são de Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás


Última atualização em 14/06/2024 por Ítalo Duarte

A Polícia Civil de Sergipe, por meio da 9ª Delegacia Metropolitana e com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), do Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública – Regional Nordeste (CIISPR/ Nordeste) e da Polícia Civil do Ceará, prendeu na manhã desta quinta-feira, 13, na cidade de Fortaleza, suspeitos de criar falso escritório de advocacia e aplicar golpes a partir de informações presentes em processos judiciais. O grupo, detido por estelionato e lavagem de capitais, fez vítimas nos estados de Sergipe, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Durante a ação desencadeada em Fortaleza, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, sendo apreendidos carros de luxo, computadores, celulares, quantias em dinheiro e documentos pertencentes aos suspeitos. Além do sequestro de bens, determinado pela Justiça, também ocorreu o bloqueio das contas de envolvidos.

As investigações iniciaram, há mais de um ano, em Sergipe, após a quadrilha fazer uma vítima na cidade de Aracaju. Depois do registro do boletim de ocorrência, um inquérito policial foi aberto pela 9ª Delegacia Metropolitana e apurou que a ligação feita para a moradora da capital sergipana tinha sido originada no Ceará, de onde os suspeitos realizavam vários golpes contra vítimas de diferentes estados do Brasil, se passando por advogados.

“Nós temos uma vítima em Sergipe, mas identificamos, através da investigação, que várias outras vítimas de outros estados também foram lesadas. Uma situação é que eles realizavam os golpes do Ceará, porém as vítimas nunca eram do estado do Ceará, eram sempre vítimas de outros estados do país, do Sul do país, de São Paulo, Rio Janeiro e Goiás”, citou o delegado Jeferson Alvarenga, da 9ª DM, responsável pela investigação.

Os trabalhos conduzidos pela polícia sergipana mostraram que a organização criminosa, composta por, pelo menos, cinco pessoas, acessava processos judiciais em andamento, com previsão para recebimento de valores a curto prazo, e depois entrava em contato com as partes envolvidas, citando que as causas estavam prestes a ser pagas, carecendo apenas da quitação de taxas.

As vítimas eram informadas de que precisavam pagar supostas taxas judiciais, para a liberação do montante por parte da Justiça. Os valores pagos, via Pix, na verdade, eram destinados à quadrilha. Em Sergipe, uma vítima perdeu mais de R$ 40 mil para o grupo criminoso.

“Uma pessoa manteve contato com ela, e ela acreditou que se tratava do escritório [que ela já havia contratado] e, durante essa tratativa, a pessoa usando linguagem técnica e se passando por advogado, ela acreditou que realmente era o escritório real dela e efetuou dois depósitos, somados em aproximadamente R$ 40 mil, e ainda tentou realizar um terceiro depósito, porém percebeu que se tratava de um golpe”, falou Jeferson Alvarenga.

Segundo os levantamentos policiais, coordenados pela 9ª DM, o grupo tinha ramificações financeiras nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Com a prisão dos suspeitos nesta quinta, a Polícia Civil de Sergipe realizará as respectivas ouvidas, visando culpabilizar os envolvidos e averiguar o envolvivento de outras pessoas.

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