Última atualização em 10/04/2024 por Fernanda Santiago
Por SE79,
Um idoso que se passava por juiz, promotor e delegado foi preso pela Delegacia de Turismo (Detur) após aplicar golpes contra mulheres em Aracaju. Ele se intitulava como atuante nessas funções, para conquistar a confiança das vítimas. Uma das mulheres que foi alvo do investigado narrou que chegou a transferir a quantia de R$ 3,8 mil. A ação policial foi divulgada nesta segunda-feira, 8, e a prisão foi realizada com apoio da Divisão de Inteligência (Dipol).
De acordo com a delegada Gisele Martins, a investigação teve início com a denúncia de uma vítima que procurou a Detur, há dois meses. “A vítima informou que, no ano passado, teve início um relacionamento amoroso com um suposto juiz da Bahia. Durante o relacionamento, ele começou a pedir dinheiro. Ela passava os valores porque acreditava estar em um relacionamento”, explicou.
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Em seguida, os pedidos por dinheiro feitos pelo investigado foram intensificados, aproveitando-se do perfil da vítima. “Foi quando então ela descobriu, infelizmente, que tinha sido mais uma vítima do investigado, que tem mais de 60 anos. Então, é importante destacar que ele tem um perfil educado, solícito e prestativo. Ele buscava por vítimas de meia idade, idosas, viúvas e divorciadas”, detalhou Gisele Martins.
Para conquistar a confiança das vítimas e criar o cenário de confiança, o investigado então se passava por promotor, juiz ou delegado, conforme informou a delegada. “Ele fazia com que a vítima passasse a crer que estava vivendo um sonho. Então, a gente orienta que as pessoas tenham cuidado ao criarem intimidade com pessoas estranhas, por mais que sejam solícitas”, acrescentou.
Foi assim que aconteceu com uma senhora que foi vítima do investigado que se passava por juiz, promotor ou delegado para conquistar a confiança das vítimas. Ela narrou que conheceu o investigado durante uma caminhada na região da Orla de Atalaia. “Ele se apresentou como sendo juiz e manteve contato comigo através de ligações e mensagens”, descreveu a vítima.
A vítima narrou que, como tinha processos judiciais a serem resolvidos, acabou confiando no investigado. “Eu passei o número de um dos meus processos para ele. A partir daí, ele começou a me pedir valores. E aí eu fui enviando os valores ao longo dos meses, e ele sempre dizendo datas em que a situação seria liberada. Sempre ele pedia algum valor por PIX”, complementou.
A senhora vítima do investigado expressou ainda o sentimento de indignação. “Eu fiquei assim sem chão. Você fica imaginando como o ser humano consegue fazer isso sem saber da condição da outra pessoa, porque ele não sabia como eu estava retirando esses valores e ficando sempre na esperança de estar resolvendo uma situação”, acrescentou conclamando eventuais vítimas a fazerem a denúncia.