Última atualização em 12/05/2023 por Ítalo Duarte
Por SE79
Um suposto marceneiro foi preso em Aracaju nesta quinta-feira, 11, suspeito de aplicar golpes em mais de 30 pessoas. Segundo a polícia, ele recebia o pagamento adiantado, mas não entregava os móveis para os clientes.
De acordo com as informações repassadas pela polícia, ele tinha uma suposta empresa de marcenaria que vendia a partir de um perfil no Instagram e também atendia por contato telefônico via WhatsApp. Diversas vítimas registraram boletim de ocorrência junto à Polícia Civil alegando terem sido vítimas do golpista.
Golpe
De acordo com o delegado Augusto César, da 1ª Delegacia Metropolitana, as vítimas chegavam ao perfil do suspeito no Instagram e eram seduzidas por belas imagens de móveis já prontos e que seriam fruto do trabalho de marcenaria do investigado. “O marceneiro acertava a visita ao local para o qual seria instalado o móvel, fazia medições e acertava o pagamento do valor total. Em alguns casos, ele concordou em receber pagamentos menores”, detalhou o delegado.
Porém em nenhum dos casos registrados na Polícia Civil houve entrega do trabalho contratado junto ao marceneiro. Foram registrados 34 boletins de ocorrência na 1ª Delegacia Metropolitana contra o suspeito. As investigações resultaram na identificação e prisão do marceneiro. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva, que foi aceita pela Justiça. O investigado foi preso e encaminhado ao sistema prisional.
Dois anos e nada
Uma das vítimas do investigado, Maristela Ribeiro, relatou que fez outros orçamentos, mas que o prazo fornecido por ele melhor se adequava. “Mas o prazo se tornou infinito, com já dois anos. No contrato, eu repassei metade do valor e ele me prometeu que entregaria os móveis em até 20 dias. A outra metade, eu entregaria depois que os móveis ficassem prontos, mas nunca foi feito nada”, relembrou.
Conforme Maristela Ribeiro, o investigado retornou à casa dela e refez a medição do local. “Ele alegava que perdeu as medidas, mas nunca entregou os móveis. Então eu fiz um acordo com um parente dele para entregar a outra metade. Eu fui em um estabelecimento e comprei o material para que ele me entregasse os móveis. Mas, foi o meu erro. Ele nunca entregou os móveis”, acrescentou.
Redes sociais
Na representação criminal feita pelo delegado Augusto César, ele salienta ao magistrado que o investigado, por utilizar de rede social, possui alcance a novas vítimas. “Essas pessoas de boa-fé acreditam tratar-se de profissional apto a realizar o serviço. No entanto, tornam-se vítimas do ânimo criminoso do investigado”, explicou.
O delegado ressalta, ainda, que as vítimas confirmaram os crimes em depoimento e apresentaram provas da materialidade dos crimes, como por exemplo, comprovantes de pagamentos via pix, compras através de cartão de crédito e contratos. “Além de consulta ao sistema da Polícia Civil, nota-se que o indivíduo responde a outros três inquéritos policiais”, destacou.
“Um pagamento inicial era realizado pelas vítimas, porém o prazo dado pelo marceneiro para concluir o serviço nunca foi cumprido. As vítimas alegam que ficaram no prejuízo e que o marceneiro desapareceu, fato que motivou o pedido de prisão. Dezenas de vítimas foram ouvidas e confirmaram o prejuízo de milhares de reais dados pelo marceneiro”, destacou o delegado.