Cigarro eletrônico: Número de apreensões cresce mais de 200% em Sergipe

Dispositivos têm a comercialização proibida no Brasil desde 2009


Última atualização em 06/02/2024 por Fernanda Santiago

Os cigarros eletrônicos, vapes e pods continuam sendo apreendidos em larga escala em Sergipe, e um dado que chama a atenção é o volume de apreensões que cresceu 214% em comparação feita entre 2022 e 2023, segundo dados divulgados pela Polícia Científica de Sergipe. Enquanto que no ano retrasado foram apreendidos 214 dispositivos desse tipo, no ano passado o número de apreensões saltou para 674 itens retirados de circulação e encaminhados para perícia no Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), vinculado à Polícia Científica.

Primeiramente, é preciso entender como os cigarros eletrônicos causam danos à saúde humana, conforme explicou o perito criminal Nailson Correia, do IAPF. “O cigarro eletrônico, vapes e pods são altamente viciantes por conter altas concentrações de nicotina. A literatura científica indica que o uso continuado desses dispositivos aumenta a chance de problemas de pressão arterial e cardíacos”, detalhou.

Diante desse cenário de risco à saúde, a SSP intensificou a divulgação dos riscos do uso desses dispositivos, o que resultou no aumento das apreensões em 2023. “Esses dispositivos, desde 2009, têm a comercialização proibida no Brasil. Então a gente vem intensificando as informações na mídia, contando com o apoio da imprensa e, com isso, o número de apreensões aumentou”, relatou Nailson Correia.

Em épocas festivas, há um aumento na quantidade de apreensões desses dispositivos como os cigarros eletrônicos, como descreveu o perito criminal do IAPF. “Em períodos festivos como carnaval, período junino e festas de fim de ano, a gente nota a intensificação da apreensão desses dispositivos. Mas desde 2009 é proibida a comercialização, a venda e a propaganda desse dispositivo no Brasil”, acrescentou.

Inclusive, Nailson Correia fez o alerta sobre outras substâncias – além da nicotina – que podem estar contidas nos dispositivos eletrônicos como cigarros eletrônicos, vapes e pods. “No IAPF, nós já encontramos substâncias extremamente nocivas para o ser humano, como o cerol, componentes químicos à base de benzeno e até mesmo THC, encontrado na maconha”, pontuou o perito criminal, alertando sobre os riscos à saúde.

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