Última atualização em 05/05/2023 por Ítalo Duarte
Por Peu Moraes
O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, criticou a permanência da taxa básica de juros (Selic) no Brasil continuar em 13,75%, após reunião do conselho na última quarta-feira (3).
“É uma política anti-Brasil. Um país não pode crescer com 13,75% de juros, nenhum empresário vai tomar dinheiro para investir num negócio para gerar emprego com essa taxa. Nós não podemos conviver com isso”, disse, Macêdo.
Este é o maior nível de juros desde dezembro de 2016. A decisão acontece em meio à ofensiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do governo contra a política de autoridade monetária.
A última vez que o BC mexeu na taxa básica de juros foi em agosto de 2022, quando aumentou de 13,25% para o patamar atual. No comunicado, a autoridade monetária não descartou a possibilidade de aumento na Selic. O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia. Esta é a terceira reunião do comitê durante o governo Lula.
“O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, diz o comunicado.