Combustíveis Ficarão Mais Caros em Fevereiro


Última atualização em 27/01/2025 por Aclecio Prata

A partir do dia 1º de fevereiro, os brasileiros enfrentarão um aumento significativo no preço dos combustíveis, devido ao reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A medida, válida para todos os estados do Brasil, representa um novo desafio para os consumidores, já sobrecarregados com os altos custos de vida.

O reajuste será de R$ 0,10 por litro para a gasolina e o etanol, enquanto o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro. Com o preço médio da gasolina atualmente em R$ 6,15, esse aumento promete gerar impactos imediatos nos postos de combustíveis, além de desencadear um efeito cascata nos preços de diversos produtos e serviços. Isso ocorre principalmente devido ao peso dos combustíveis no custo do transporte de mercadorias.

Esse reajuste no ICMS ocorre em meio a um debate sobre a política de preços da Petrobras, que também está no centro da questão. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), um relatório divulgado na última sexta-feira (27) revelou que há uma discrepância de 9% entre o preço da gasolina praticado pela estatal e o preço internacional, enquanto o diesel apresenta uma diferença ainda maior, de 18%. No entanto, o aumento do ICMS não resolve essa desigualdade, como destacou o presidente da Abicom, Sérgio Araújo. “Impacta apenas no preço para o consumidor”, afirmou Araújo.

Além disso, a Petrobras não realiza reajustes na gasolina desde julho do ano passado, o que levanta questões sobre a sustentabilidade dessa política de preços diante dos custos crescentes no mercado internacional e das demandas internas.

O aumento no ICMS, portanto, não só pressiona os orçamentos das famílias brasileiras, mas também amplia o debate sobre a necessidade de uma revisão da política de preços de combustíveis, considerando seus reflexos diretos no bolso do consumidor e no funcionamento de setores fundamentais da economia. O impacto será especialmente sentido em áreas com alto custo de transporte, onde a dependência de combustíveis é mais acentuada.

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