Motoristas de aplicativo são presos suspeitos de roubo a carro de “colega de trabalho” em SE

As investigações apontaram que os autores do roubo cumprem pena no regime semiaberto do sistema prisional.


Última atualização em 22/05/2023 por Ítalo Duarte

Por SSP

A Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) informou, nesta sexta-feira, 19, que prendeu dois investigados pelo roubo do carro de um motorista por aplicativo. O crime não ocorreu durante uma viagem, mas quando a vítima estava parada no conjunto Marcos Freire, em Nossa Senhora do Socorro. As investigações apontaram que os autores do roubo também são motoristas por aplicativos, porém que cumpriam pena no regime semiaberto do sistema prisional. O receptador também foi identificado.

De acordo com o delegado Kassio Viana, o crime não ocorreu durante a atividade do trabalho de motorista por aplicativo. “A vítima estava parada no Marcos Freire, quando foi abordada por um homem, que utilizando arma de fogo, levou o veículo e fugiu do local. Iniciamos a investigação e identificamos os autores, o receptador e o veículo para o qual iria o motor do veículo roubado”, detalhou.

Conforme o delegado, as investigações seguem em andamento para verificar se há outros envolvidos na prática do crime. “Pelo menos dois dos três envolvidos foram presos. Os dos que estão presos foram os que executaram o roubo, e o que ainda não foi localizado é o que repassou o veículo a terceiros. Estaremos investigando para saber se há outras pessoas envolvidas no crime”, acrescentou.

Ainda segundo Kassio Viana, os três envolvidos – e outros dois amigos deles, identificados na investigação – são internos do regime semiaberto do sistema prisional. “Identificamos pelo menos, só nessa operação, cinco pessoas que são ex-presidiárias ou presidiárias que ainda estão cumprindo sua pena. Inclusive, os dois que fizeram o roubo, além de rodar como motorista de aplicativo, cometem roubo de veículos e celulares”, comentou.

Kassio Viana revelou ainda que a vítima reconheceu um dos autores do crime. “Porque dias antes de ser assaltada, um dos autores do roubo, parou o veículo enquanto rodava como motorista de aplicativo, conversou com a vítima, já mirando o carro como sendo alvo do roubo. E, dias depois, eles, nas proximidades do local onde eles se encontraram, anunciaram o assalto e levaram o veículo, que não foi recuperado”, relatou.

O delegado informou também que o veículo que iria receber o motor do carro roubado foi levado à DRFV. “O motor foi adulterado. A numeração do carro que está aqui foi colocada no motor do veículo roubado. A investigação está praticamente concluída e seguiremos na apuração para identificação de outros possíveis envolvidos na prática criminosa”, complementou Kassio Viana.

Identificação

No dia da apreensão do veículo, o setor de vistoria atuou para a perícia, conforme o agente de polícia, Luiz Carlos. “Viemos ao veículo e conseguimos verificar um implante na numeração identificadora do veículo, haja visto ser um veículo mais antigo. Mas, visualmente, percebe-se que é um motor mais novo. É o modus operandi dos grupos criminosos, que têm veículos antigos e pegam as peças dos novos”, relatou.

Ainda segundo Luiz Carlos, o motor apontou para a fraude do veículo cometida com o crime de roubo. “O motor três cilindros, típico dos veículos mais novos, foi colocado em um mais antigo, de quatro cilindros. A numeração identificadora foi implantada no motor, de forma soldada. Eles tiram a numeração do veículo do qual eles possuem a documentação e implantam no motor do veículo roubado”, concluiu.

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