Última atualização em 10/05/2023 por Ítalo Duarte
Por Bruno Bonsanti
A Internazionale foi avassaladora no começo do primeiro tempo e construiu uma vantagem importante para o jogo de volta, mas saiu do San Siro com a sensação de que poderia ter resolvido a semifinal. O Milan basicamente conseguiu apenas estancar a sangria. A derrota por 2 a 0 não é determinante, mas ainda obrigará os rossoneri a buscarem uma reação forte no jogo de volta – no qual serão os visitantes, embora seja tudo no mesmo estádio.
Com o histórico de outros confrontos entre os rivais, não era de se esperar uma partida muito aberta, cheia de chances de gols, e não foi mesmo o que aconteceu. A Internazionale sobrou na primeira meia hora. Marcou duas vezes, acertou a trave e teve o adversário nas cordas. Não conseguiu aproveitar para construir um placar inatingível, e a natural reação do Milan equilibrou um pouco as coisas. Ainda assim, os nerazurri ficaram muito confortáveis na defesa, e Onana pouco trabalhou.
Era um cenário em que a Internazionale poderia ter matado as semifinais. Simone Inzaghi preferiu uma espécie de meio-termo, priorizando correr menos riscos e apostando em contra-ataques que não foram frutíferos. No fim, garantiu uma vantagem boa, mas que ainda pode ser revertida.
Escalações
Rafael Leão era dúvida e acabou não ficando nem no banco de reservas. Stefano Pioli entrou com Alexis Saelemakers pela esquerda, com Brahim Díaz do outro lado, e Ismaël Bennacer com Sandro Tonali e Rade Krunic no meio-campo. A Internazionale deixou Romelu Lukaku para o segundo tempo, com Lautaro Martínez e Edin Dzeko retornando como dupla de ataque. O restante foi mais ou menos o habitual, com uma mudança: Marcelo Brozovic no banco, e Mkhitaryan como titular.
Primeiro tempo
A partida começou nervosa, sem finalizações por quase dez minutos, mas, uma vez que encaixou o primeiro soco, a Internazionale deixou o Milan zonzo. O primeiro tempo terminou 2 a 0 e poderia ter sido muito pior. O mar se abriu com uma cobrança de escanteio de Çalhanoglu para o lado direito da grande área. Edin Dzeko se antecipou a Davide Calabria e pegou de primeira para abrir o placar. Sem tempo para o Milan descobrir o que havia acontecido, o segundo gol saiu: Dimarco subiu pela esquerda, cruzou rasteiro, Lautaro deixou passar, Mkhitaryan interceptou, invadiu a área e bateu pelo alto para ampliar.
Abrir uma vantagem de dois gols tão rapidamente é uma raridade tanto no dérbi de Milão quanto na história das semifinais da Champions League. E o terceiro não saiu por pouco porque Çalhanoglu encheu o pé de fora da área e acertou a trave. No rebote, Barella deixou de lado para Mkhitaryan, que finalizou de frente, para grande defesa de Maignan. Barella ainda teve o rebote, mas mandou para fora. As más notícias se acumulavam para o Milan, com a lesão de Ismaël Bennacer que obrigou Pioli a reorganizar seu ataque. Júnior Messias entrou pela direita, e Brahim Díaz passou a jogar mais centralizado.
Depois dessa pressão inicial da Internazionale, o Milan conseguiu, finalmente, se assentar um pouco na partida. Mas sem tanto risco à adversária, que gosta de ficar sem a posse de bola, à espera do contra-ataque. No comando das ações, o Milan às vezes tem problemas e não conseguiu criar tanto. Calabria chegou a desviar de calcanhar o cruzamento de Messias na primeira trave, antes de um lance que quase resolveu tudo. Lautaro deu um lindo drible em Tomori para invadir a área e levou um puxão de Kjaer. O árbitro inicialmente marcou pênalti. Chamado ao monitor, mudou de ideia. Não considerou o toque forte o bastante, e o jogo seguiu.
A Internazionale teve mais um período perigoso, com uma batida de Lautaro de fora da área, e depois um chute cruzado de Dimarco, que Dumfries quase desviou no meio da área. O Milan teve algumas jogadas de bola parada em que finalmente conseguiu envolver um pouco Giroud. Mas foi pouco demais para diminuir o prejuízo antes do intervalo.
Segundo tempo
O Milan melhorou. A Internazionale consolidou uma posição mais reativa, agora claramente apostando apenas no contra-ataque. Brahim Díaz abriu os trabalhos com uma batida colocada de fora da área, perto da trave. Messias teve uma ótima chance pela direita e tentou o chute colocado, com muito perigo. Mas, no outro lado, Maignan teve que salvar. O zagueiro Bastoni avançou pelo meio e soltou na medida para deixar Dzeko cara a cara. O goleiro francês saiu e abafou.
A primeira leva de substituições colocou Malick Thiaw na vaga de Kjaer e Divock Origi no lugar de Saelemakers. Pelo lado da Internazionale, Brozovic entrou no lugar de Mkhitaryan para dar mais pegada ao meio-campo. Pela esquerda, o atacante belga fez uma boa jogada. Avançou, deu o drible para dentro e soltou com Díaz, que acionou Giroud. Após um bom trabalho de pivô, Tonali dominou na entrada da área e bateu rasteiro, no pé da trave. Simone Inzaghi respondeu com mais duas trocas. Entraram De Vrij e Lukaku, saíram Dimarco e Dzeko.
A entrada de Lukaku deu presença importante para a Internazionale no campo de ataque. Ela conseguiu prender um pouco mais a bola, mas o jogo em si travou de vez. Cada lado teria mais uma oportunidade. Lukaku encontrou Barella, que emendou para Gagliardi. O volante demorou para chutar e foi desarmado. No outro lado, Tommaso Pobega chegou batendo de primeira da entrada da área, mas no meio do gol, sem problemas para Onana. E o placar não se mexeu mais.
A Internazionale foi avassaladora no começo do primeiro tempo e construiu uma vantagem importante para o jogo de volta, mas saiu do San Siro com a sensação de que poderia ter resolvido a semifinal. O Milan basicamente conseguiu apenas estancar a sangria. A derrota por 2 a 0 não é determinante, mas ainda obrigará os rossoneri a buscarem uma reação forte no jogo de volta – no qual serão os visitantes, embora seja tudo no mesmo estádio.
Com o histórico de outros confrontos entre os rivais, não era de se esperar uma partida muito aberta, cheia de chances de gols, e não foi mesmo o que aconteceu. A Internazionale sobrou na primeira meia hora. Marcou duas vezes, acertou a trave e teve o adversário nas cordas. Não conseguiu aproveitar para construir um placar inatingível, e a natural reação do Milan equilibrou um pouco as coisas. Ainda assim, os nerazurri ficaram muito confortáveis na defesa, e Onana pouco trabalhou.
Era um cenário em que a Internazionale poderia ter matado as semifinais. Simone Inzaghi preferiu uma espécie de meio-termo, priorizando correr menos riscos e apostando em contra-ataques que não foram frutíferos. No fim, garantiu uma vantagem boa, mas que ainda pode ser revertida.
Escalações
Rafael Leão era dúvida e acabou não ficando nem no banco de reservas. Stefano Pioli entrou com Alexis Saelemakers pela esquerda, com Brahim Díaz do outro lado, e Ismaël Bennacer com Sandro Tonali e Rade Krunic no meio-campo. A Internazionale deixou Romelu Lukaku para o segundo tempo, com Lautaro Martínez e Edin Dzeko retornando como dupla de ataque. O restante foi mais ou menos o habitual, com uma mudança: Marcelo Brozovic no banco, e Mkhitaryan como titular.
Primeiro tempo
A partida começou nervosa, sem finalizações por quase dez minutos, mas, uma vez que encaixou o primeiro soco, a Internazionale deixou o Milan zonzo. O primeiro tempo terminou 2 a 0 e poderia ter sido muito pior. O mar se abriu com uma cobrança de escanteio de Çalhanoglu para o lado direito da grande área. Edin Dzeko se antecipou a Davide Calabria e pegou de primeira para abrir o placar. Sem tempo para o Milan descobrir o que havia acontecido, o segundo gol saiu: Dimarco subiu pela esquerda, cruzou rasteiro, Lautaro deixou passar, Mkhitaryan interceptou, invadiu a área e bateu pelo alto para ampliar.
Abrir uma vantagem de dois gols tão rapidamente é uma raridade tanto no dérbi de Milão quanto na história das semifinais da Champions League. E o terceiro não saiu por pouco porque Çalhanoglu encheu o pé de fora da área e acertou a trave. No rebote, Barella deixou de lado para Mkhitaryan, que finalizou de frente, para grande defesa de Maignan. Barella ainda teve o rebote, mas mandou para fora. As más notícias se acumulavam para o Milan, com a lesão de Ismaël Bennacer que obrigou Pioli a reorganizar seu ataque. Júnior Messias entrou pela direita, e Brahim Díaz passou a jogar mais centralizado.
Depois dessa pressão inicial da Internazionale, o Milan conseguiu, finalmente, se assentar um pouco na partida. Mas sem tanto risco à adversária, que gosta de ficar sem a posse de bola, à espera do contra-ataque. No comando das ações, o Milan às vezes tem problemas e não conseguiu criar tanto. Calabria chegou a desviar de calcanhar o cruzamento de Messias na primeira trave, antes de um lance que quase resolveu tudo. Lautaro deu um lindo drible em Tomori para invadir a área e levou um puxão de Kjaer. O árbitro inicialmente marcou pênalti. Chamado ao monitor, mudou de ideia. Não considerou o toque forte o bastante, e o jogo seguiu.
A Internazionale teve mais um período perigoso, com uma batida de Lautaro de fora da área, e depois um chute cruzado de Dimarco, que Dumfries quase desviou no meio da área. O Milan teve algumas jogadas de bola parada em que finalmente conseguiu envolver um pouco Giroud. Mas foi pouco demais para diminuir o prejuízo antes do intervalo.
Segundo tempo
O Milan melhorou. A Internazionale consolidou uma posição mais reativa, agora claramente apostando apenas no contra-ataque. Brahim Díaz abriu os trabalhos com uma batida colocada de fora da área, perto da trave. Messias teve uma ótima chance pela direita e tentou o chute colocado, com muito perigo. Mas, no outro lado, Maignan teve que salvar. O zagueiro Bastoni avançou pelo meio e soltou na medida para deixar Dzeko cara a cara. O goleiro francês saiu e abafou.
A primeira leva de substituições colocou Malick Thiaw na vaga de Kjaer e Divock Origi no lugar de Saelemakers. Pelo lado da Internazionale, Brozovic entrou no lugar de Mkhitaryan para dar mais pegada ao meio-campo. Pela esquerda, o atacante belga fez uma boa jogada. Avançou, deu o drible para dentro e soltou com Díaz, que acionou Giroud. Após um bom trabalho de pivô, Tonali dominou na entrada da área e bateu rasteiro, no pé da trave. Simone Inzaghi respondeu com mais duas trocas. Entraram De Vrij e Lukaku, saíram Dimarco e Dzeko.
A entrada de Lukaku deu presença importante para a Internazionale no campo de ataque. Ela conseguiu prender um pouco mais a bola, mas o jogo em si travou de vez. Cada lado teria mais uma oportunidade. Lukaku encontrou Barella, que emendou para Gagliardi. O volante demorou para chutar e foi desarmado. No outro lado, Tommaso Pobega chegou batendo de primeira da entrada da área, mas no meio do gol, sem problemas para Onana. E o placar não se mexeu mais.