Última atualização em 17/06/2023 por Ítalo Duarte
Por SE79
Vildeson Soares dos Santos, conhecido como Vilson Soares, investigado pelo feminicídio de Nayara Barbosa, de 24 anos, que foi morta, queimada e esquartejada em Estância, foi indiciado pela Polícia Civil. As informações foram divulgadas pelo g1, nesta sexta-feira, 16.
De acordo com o delegado Cledson Ferreira, as diligências seguem sendo feitas para verificar se há outras pessoas envolvidas no crime. O namorado da vítima foi indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver, com qualificadores traição e emboscada.
Ele continua preso preventivamente. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.
Crime
Nayara desapareceu no dia 30 de maio em Estância. No dia 2, parte do corpo foi encontrado no Cemitério do Povoado Terra Caída, no município vizinho de Indiaroba, quando o investigado confessou e indicou a localização.
A conclusão dos peritos foi que a vítima morreu em decorrência de insuficiência respiratória aguda por um processo de asfixia mecânica por sufocação direta. E que, no momento em que foi ateado fogo ao corpo, a vítima não estava mais viva. Os laudos estão sendo preparados.
De acordo com o delegado Gledson Ferreira, o homem alegou ter cometido o crime após uma discussão de término de namoro, que tinha cerca de nove meses. Segundo a família, a relação era tranquila, mas Nayara falava que Vilson tinha ciúmes do ex, com quem teve um relacionamento de cinco anos.
Por causa do crime contra Nayara, a Polícia Civil informou que irá reabrir o inquérito sobre a morte da ex-companheira de Vilson. Na época da morte, no ano passado, a conclusão do Instituto Médico Legal foi de que havia traços de suicídio, mas estão chegando novas informações para a polícia sobre o caso.
Vilson Soares tinha cargo em comissão como diretor do Departamento de Trânsito de Estância, do qual foi exonerado na segunda-feira, 5. Ele também é suplente ao cargo de vereador do município pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em nota, o partido disse que solidariza com a família da vítima e que “espera que o réu confesso seja punido”.