Última atualização em 09/05/2025 por Henrique Andrade
A suspensão do atendimento a pacientes com doenças raras pelo Hospital Universitário de Lagarto foi tema de uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (8) pelo Ministério Público Federal em Sergipe. O encontro buscou discutir os impactos da paralisação e cobrar soluções das instituições envolvidas.
Segundo o MPF, o Sistema Único de Saúde em Sergipe conta com apenas dois hospitais universitários habilitados para diagnóstico e tratamento de doenças raras. Com a interrupção dos serviços em Lagarto, a situação se agravou, deixando cerca de 500 pessoas em uma fila de espera.
A procuradoria federal destacou que há uma decisão judicial em vigor que determina a estruturação adequada do atendimento a esse público. A expectativa é que tanto o HU de Lagarto quanto a Secretaria de Estado da Saúde apresentem medidas concretas para reverter o cenário.
Durante participação no Jornal da 102, a porta-voz da Secretaria de Estado da Saúde, Cristina Rochadel, afirmou que o Hospital Universitário de Lagarto descumpriu o contrato ao suspender os atendimentos. O hospital, por sua vez, em nota, atribuiu a paralisação à ausência de pactuação entre os entes federativos.
A Diretoria de Atenção Especializada esclareceu que o contrato atual prevê a realização de 50 atendimentos mensais. Uma nova audiência foi agendada para a próxima segunda-feira (12), novamente sob condução do Ministério Público Federal, que deve acompanhar a resposta das instituições envolvidas.